A comunidade da região do Osmar Cabral recebe com expectativa as ações na Feira Popular do bairro, que acontece todas as quintas a partir das 19h
Por Ederson Déka
A CUFA-MT em continuidade com as ações na Feira Popular da região do Osmar Cabral, que acontece todas as quintas feiras a partir das 19h, com o já famoso nome de Feirinha Cultural, desperta o interesse da comunidade pela fruição dos bens culturais e artísticos, levando também as trançadeiras do Ponto de Cultura Pixaim que estão apresentando o inédito Salão de beleza Itinerante, ao ar livre, a ação é embalada com muita música, com as discotecagens do DJ Japão e também com as apresentações do grupo de dança da CUFA.
Ao se referir ao poder dessa ação Karina Santiago, coordenadora da CUFA Cuiabá, comenta: “A Feirinha Cultura é um espaço de interação, inserindo a cultura onde o povo está à presença das trançadeiras demonstra essa diversidade, as tranças representam o patrimônio imaterial da população brasileira, ir à feira e se deparar com esses símbolos e histórias, é aproximar o povo da sua própria cultura. A feira que por natureza já é bela, com as intervenções culturais se torna mais agradável. E as trançadeiras são hoje papéis principais nessa composição”.
Em relação ao papel assumido pelas trançadeiras do Ponto de Cultura Pixaim, Karina as vê como protagonistas nessa ação na Feirinha Cultural, um dos exemplos é a trançadeira Katiane Rodrigues (24), moradora do bairro Osmar Cabral: “eu trancei o cabelo de algumas dançarinas da oficina de dança e fico feliz em vê-las dançando aqui, pois além de apresentar o trabalho delas o meu também aperece estou contente por fazer parte desse projeto e também do tão sonhado Salão de beleza Itinerante”. Ela complementa: “olha meu trabalho ai gente!”.
A festa cultural foi completada com as apresentações dos jovens e adolescentes da oficina de dança da CUFA, que encheram os olhos dos expectadores com muita desenvoltura e talento. O responsável pelas oficinas, professor Gleiberson Gandara dos Santos (26), afirma que a Feirinha Cultural já contribuiu para a disciplina diária desses alunos nas oficinas e ainda complementa: “ocorreu um aumento significativo de alunos e, além disso, algumas mães já começaram a participar das oficinas, pois perceberam que o projeto é sério e a Feirinha Cultural está sendo a responsável por essa visibilidade”.
Os alunos e alunas do professor Gleiberson também concordam que a ação contribuiu para a valorização da oficina de dança e dos outros projetos da CUFA. Uma delas é Ariabille Lino da Silva (15) moradora do bairro Novo Milênio: “algumas pessoas pensam que vamos para as oficinas de dança na CUFA para fugir dos nossos compromissos em casa, mas estão enganadas, pois lá aprendemos a dançar e acima de tudo nos apropriar dos bens culturais que o nosso bairro não nos oferece e, além disso, temos um professor muito compromissado com a nossa disciplina”.
A comunidade está comparecendo em “massa” para prestigiar o talento dos dançarinos e dançarinas e também a versatilidade das trançadeiras do Ponto de Cultura Pixaim. Não imaginando a Feira Popular da região do Osmar Cabral sem as ações da Feirinha Cultural da CUFA-MT, esse é o sentimento expressado por Fabiano Junior Teodoro (26) morador do bairro Osmar Cabral: está sendo uma maravilha, pois nossa região estava monótona e muito triste, tenho certeza que nos próximos dias o espaço será pequeno para acolher quem vem participar dessa ação.”.
A “Feirinha Cultural” acontece todas as quintas-feiras, a partir das 19 horas, na Feira Popular do Osmar Cabral. Veja o calendário das oficinas de dança: Break: segundas e quartas-feiras das 17 às 19 horas. Instrutor: Diogo Cândido; Axé: Terças e sextas-feiras, e aos sábado das 17 às 19 horas. Instrutor: Gleiberson Gandara: Street: Terças e sextas-feiras, e aos sábados, das 14 às 16 horas. Instrutor: Diogo Cândido. Mais informações: (65) 3665-1064 Acompanhe as ações da CUFA em Mato Grosso em tempo real no Twitter!
Mais fotos:
Cada vez mais fico apaixonada pela Cufa aqui de cuiabá e as coisas que ela faz. Mostra quantas pessoas bomita existem nas nossas periferias, e também as coisas boas que acontecem.
Muito obrigad por promover ações como essa aqui.
Essa é a minha priminha preferida (e unica, rs). estão linda as fotos Fer, ta levando a serio mesmo a fotografia né moça. Fico mto contente em ver vc trabalhando com o que gosta. Parabéns pelo seu trabalho, e que ele traga sempre bosn frutos pra vc e para as pessoas que vc ajuda.
bjos
Guiliano
Lindo demais a cufa aqui na quebrada. Parabens e pode ligar nois sempre
Bejos
ASS: Katilene
que a sua luta não seja ingloria irmãzinha, torço por vc. o trabalho da cufa é essencial para todo mundo.
abraços irmã
esqueci de dizer que até a mãe assim fica orgulhosa, hahaiaihaa (impossível). parabens pelas fotos retratando as coisas boas da periferia
ass: Bruno Quevedo
Ok, lindo! Mas o que vcs entendem por bens culturais, alias, o que vcs da CUFA entendem por cultura? Já vi alguns textos da Fernanda Quevedo, e vi que ela tbm prega isso. Ligar um som numa feira e colocar as pessoas para dançar é promover cultura?
Sandra Albuquerque. Academica de Geografia da UFMT
Roubando a brisa do blog PRODUÇÃO MARGINAL, posso responder a você Sandra Albuquerque que esta manifestação cultural da CUFA MT é uma Cultura marginal.
A cultura marginal é uma produção artística que não se enquadra dentro dos padrões tradicionais de se produzir cultura. É uma arte maldita, no sentido de ser arte do deboche, arte do conflito e da provocação, sempre buscando novas formas de expressão e novos olhares num mundo esteticamente voltado para a cultura do belo e do politicamente correto. A cultura marginal tenta aproximar a arte com aspectos coloquiais que possam refletir a realidade sem maquiagem, dando voz a quem não tem voz e incentivar o pensamento critico.
No Brasil podemos situar o surgimento da cultura marginal, mesmo ainda sem este nome ter sido citado, ou seja, durante a semana de arte moderna de 22, onde diversos artistas buscaram romper com aos padrões e criar uma arte própria que se retrata a realidade brasileira. Mas foi na década de sessenta com o surgimento da contra-cultura que surge também o nome: Arte Marginal. A cultura marginal tomou forma e tamanho espalhando-se pelo cinema, literatura, teatro, música e poesia. Hoje os maiores representantes da cultura marginal são os rappers e os punks tradicionais. E a CUFA NACIONAL levanta muito bem a bandeira de dar voz a quem não tem incentivando o pensamento crítico e para isso se utiliza também de um som numa feira colocando as pessoas para dançar. A dança é somente um dos atrativos de um evento tão rico de integração de pessoas de diferentes tribos e pensamentos.
Espero que a CUFA MT continue com o BONDE e descentralize a cultura pelo Estado. Não se tem cultura apenas nas academias, a periferia tem a sua forma de fazer cultura.
Meu arrasaram geral,isso é muito bom, difundir a cultura nas periferias,eu acredito que a cultura é o grande poder de socialização, a cultura conseue resgatar qualquer tipo de individuo que esteja agindo fora da normalidade, ou seja a cultura é a grande recuperadora e não precisa de muito não,quem já viu o olhar de um jovem que estava recluso quando o mesmo esta envolvido em algo,algo onde ele tem as responsabilidades dele a sercumprida, ou afeta o grupo, o simples fato de deixar com ele a parte do figurino, jáé capaz de lhe arrancar um grandioso sorriso e de poder sentir o sentimnto que o mesmo esta sentindo no momento, eu jávi isso várias vezes, uns ficam meio que na segunda,meu vc vai deixar aquele carinha que estava recluso (preso) cuidar de tudo isso,sim sim eu vou, pois ele é um cidadão como eu,como você, se eu não puder dar oportunidades a ele o que eu darei a ele nada,apenas ficarei de longe observando e esperando ele cair no erro novamente, por isso que eu digo meu povo vamos juntos nessa, a grande mudançado Brasil vira de açõescomo esta da Cufa, que tem promovido, muitas, muitas ações desse tipo e isso tudo pra mim é um grande motivo de orgulho,por mais que minha vida não esteja legal é ae que euconsigo forças pra lutar,lutar por mim,pormeus semelhantes, pelascomunidades e tal,um forte abraço aos membros da Cufa de Mato Grosso, isso aesim mostra que o Brasil pode mais,muito mais.
Realmente, não há como ficar aprisionado a um horizonte dominante de se pensar a cultura quando nos deparamos com essas ações e interações sociais, em nossas comunidades. A proposta de acesso aos bens culturais da Cufa, longe de se resumir a posse de um objeto, já dado e externo a quem se apresenta, possibilita resgatar o que eles têm de mais essencial: o acesso ao seu próprio ser. Formas de pensar, de se expressar, de transmitir idéias, de enfrentar sua realidade própria, emergem, todas nessa proposta libertadora. A identificação e compressão de um grupo social, por si mesmo e por seus pares, abalam as idéias dominantes do que é cultura, ou seja, do modo de existir, viver, pensar e se expressar nesse mundo. Assim, ouso dizer que o processo de apropriação de bens culturais da Cufa é o processo de reapropriação e produção dessas comunidades por seus próprios sujeitos sociais. Uma expriência com um potencial profundamente transformador, se aceitarmos a idéia de exclusão aos bens culturais como a exclusão de seu próprio ser. Parabéns, por ser tão inspiradora, CUFA- MT!
Referente a resposta da Claudia,não concordo com vc,pois essa historia de cultura marginal é papo furado. Essa cufa nem sabe o que é cultura pra começar. Barulho qualquer um faz,ainda mais em epoca de politica,pra mim tem cheiro de politicagem.Vai vendo
Como pode acotecer em pleno seculo XIX uma pessoa escrever um comentário desses. Confundiur politica com Cultura. Moro a 20 anos nessa região e não vi ninguem tomar a iniciativa,meu bairro é visto como um dos mais violentos de Cuiabá. Agora quando alguém quer fazer algo diferente encontramos caras como vc Emerson. Criticar é facil agora vem fazer o que esse povo tá fazendo aqui.
Emerson, que bom se o processo politico, ou a politica da qual vc se refere garantissem lazer e cultura a todas as comunidades, com certeza o mundo seria mais feliz e humano, os jovens seriam viciados em leitura, ficariam bebados de poesia e alucinados pr dias melhores, sendo eles protagonistas desse processo. Entendo a sua desconfiança, eu também desconfiava até ir lá de perto e conhecer a turma da cufa, ver que são pessoas simples e empenhadas, te dou uma dica vai conhecer de perto, as vezes de longe a cor vermelha para azul ou verde, talvez você tenha uma boa idéia para melhorar o seu bairro, a sua rua e juntando as idéias e tendo parceiros para fazer acontecer, as coisas caminham para o melhor. Siga a dica e nos encontramos nas atividades da CUFA Cuiabá
Boa noite
vejo q o brasil pra crescer tem q elevar seus comentarios na pratica de somar.
Realmente vcs nao so, nao ve cultura como nao ve esporte,educacao e politica….
VOCES ESTAVAO LA NO EVENTO?
Emerson Carlos
Pelo q vi vc entende mesmo de politica.
Sandra Geografica
Seu Reitor sabe q vc tem esse pensamento?.
Haa quem mais pensa igual vc…?
a periferia nao pediu nada pra vcs…porq nao soma, oq falta no seu ponto de vista ?…vem aqui onde a geografia favorece nossas vidas serem dominadas pelo trafico e pelo medo..venha falar q dancar, coreografias, musicas e trancar cabelos nao é CULTURA; Esporte perceba nas fotos os corpos sendo usando para dar alegrias as maes e com a traspiracao a satisfacao pelo feito e alegria dos familhares..POLITICA ; se eles nao ajudarem q facao iqual vcs, venha pra cima das pessoas q estao so pra ajudar e melhorar…vcs dois pedirao a conta de Luz pro seu joao do mercado…q sedeu o Luz, q deveria ser gratuita para esses envolvimento com a comunidade…
agora vou falar de CUFA …..
FAZENDO DO NOSSO GEITO.
Uns meninos dançando break, umas mulheres trançando, um DJ tocando… Para quem vê de fora, pode parecer apenas diversão, entretenimento, mas quem se interessar em olhar mais de perto saberá: é semente de transformação social. Faço um convite a todos para que conheçam os projetos da Cufa, não só de MT, mas a entidade nacional, seu pensamento, suas ações, seus quadros, sua luta para inserir o indivíduo negro/marginalizado nos espaços aos quais ele tem direito. Conheça o Projeto Pixaim, cujas trançadeiras estavam lá, veja que aquelas mulheres pela primeira vez geraram renda por meio da trança, conheça a proposta pedagógica do trabalho da Cufa, saiba quem são estas pessoas. Tenho certeza que será paixão na certa, pois a cada passo, a Cufa faz história, busca construir novos caminhos e ser parte de um novo jeito de ver e fazer as coisas. Só isso: conheça.
Vejo que seu Julio Santana não parece ser um cidadão comum ,mas um menbro da CUFA. Falar bem de quem a gente gosto é uma maravilha. Respondendo a sua pergunta não estava no evento,mas coisas como essa acontecem de montão,depois acaba,como sempre. Não acredito que isso vá longe.
A CUFA/MT sempre foi uma referência nas ações inovadoras que propiciam a integração social e o acesso aos bens culturais. Desejamos muito sucesso e que a feirinha cultural se torne um pólo gerador de novas idéias.
Parabéns as guerreiras e guerreiros…
Lindo o Trabalho
maravilhoso ..
Orgulho pra nossa comunidade …
Abraços
Quando se fala em CUFA é o mesmo que estar falando de projetos culturais e sociais, que ao mesmo tempo puxa os jovens pra realidade do nosso mundo, o mundo e a visão que a CUFA nos permite.Cultura realmente nao esta somente em academias, e cultura meu povo nao é somente ter uma secretraia de cultura no municipio, essa é a parte teórica, pois bem na teoria isso funciona lindo demais, entao ten hamos cada um uma visão ampla, o que realmente tem dentro de uma secretaria de cultura se nao tem projetos culturais, pra que existir um secretário de cultura se nao temos cultura e cultura pra quem esta com duvidas do que é, é isso ai, é a CUFA nao somente de Cuiabá mas de toda região, estados, cidades e enfim…buscando parcerias para realizar eventos como esse de grande importância á comunidade, aos jovens ao quais poderiam estar influenciado por outro caminho, mas que a CUFA abre o espaço de mostrar o caminho do bem, e sinceramnete no meu ponto de vista é lindo ver que a CUFA, realiza eventos e projetos assim, pois eles pensao diretamente nos nossos jovens, os que serão donos e governantes do nosso país, e porque nao acreditar nessa possibilidade e apoiar á ONGS que tenham essa visao?
É através de movimentos assim, que msotramos as pessoas o que é cultura!
Fernanda e Pessoal da Cufa MT,
Fico muito feliz em ver que todo o esforço de vocês está surtindo efeito!!
Parabéns á todos pelo trabalho!! Achei realmente lindo ver o pessoal todo participando.
Qto ao comentario feito pelo Emerson, vou fazer o meu…
antes de criticar procure conhecer…
Se você conhecer e entender como é o projeto, como funciona e para que ele foi feito, tenho certeza que vc também vai gostar e admirar os trabalhos da Cufa MT, da mesma maneira que eu…aproveite que vc está aí perto deles, estou a km de distancia e achei a ideia da Feirinha Cultural mto legal…não só a Feirinha, mas tbm o Pixaim, o Sericufa…#ficadica
!
Mais uma vez deixo meus parabéns ao pessoal da Cufa MT!
E vida longa á Feirinha Cutural e a todos os outros projetos de vocês!
Abs do RS!
eu amei tudo
[…] os projetos desenvolvidos no Centro Esportivo e Cultural CUFA – MT buscam desenvolver e promover a fruição dos bens Culturais, não somente na região do Osmar Cabral, local onde esta instalada, mas também visa expandir […]